ALGUMAS DICAS PARA LIDAR COM UM CÃO MEDROSO
O medo despoleta mecanismos de sobrevivência – fuga ou luta. Quando um cão sente que não tem qualquer controlo sobre o que lhe acontece, por exemplo, ser forçado a aproximar-se de outro cão do qual tem medo, pode insistir ainda mais na fuga ou pode agredir.
Para que nenhuma destas situações aconteça partilho convosco algumas dicas para dar autonomia ao seu patudo, fazendo-o sentir que tem algum controlo sobre a situação e sobre o que lhe acontece:
Certifique-se que a trela está solta – uma trela tensa não dá autonomia ao seu cão. A trela pode estar curta, mas solta.
Quando a trela está tensa e curta demais, aumenta a sensação de não haver opção de escape, o que pode intensificar o medo.
Progrida ao ritmo dele – por exemplo, dê-lhe liberdade para decidir quando quer aproximar-se de uma visita.
Para nós alguns medos do nosso patudo são injustificados, pois aquilo que ele perceciona como ameaça é, muitas vezes, insignificante para nós. Por acreditarmos que não há motivo para ele ter medo, tornamo-nos impacientes e forçamos o processo. Devemos ter em conta que o medo é uma emoção e que alterar estados emocionais requer uma abordagem eficaz e tempo.
Dê-lhe espaço de manobra na rua – por exemplo, contornar um contentor a uma distância a que se sinta seguro.
Um cão medroso pode mostrar um misto de curiosidade e medo perante um certo estímulo; por exemplo, uma mota estacionada no passeio. Neste caso a tendência é alternar entre aproximar-se e recuar. É importante que ele o possa fazer.
Também pode ter medo de pessoas que se aproximam e necessitar de recuar para uma distância de segurança, ou esconder-se atrás das nossas pernas.
Há, ainda, situações em que ele precisa de parar e observar.
Quanto mais o nosso cão tiver espaço de manobra, mais se sentirá em controlo da situação. Isto irá acelerar o processo de resolução do medo.